sábado, 6 de agosto de 2011

Tunguska, 103 anos - O que Aconteceu?


“Por volta das 7:15 da manhã daquele 30 de junho de 1908 uma onda de choque quase mil vezes mais forte que a bomba de Hiroshima devastou 80 milhões de árvores em mais de 2.000 km² de floresta. Renas, ursos, lobos, raposas e milhares de outros animais tombaram junto com a vegetação, que até hoje não se recompôs inteiramente.” (in zenite)
A 70 quilómetros de distância, as pessoas sentiram um abalo tão forte que as fez cair das cadeiras e sentiram um calor tão intenso que as suas roupas pareciam estar em fogo.
O céu nocturno ficou incandescente durante semanas. Em Londres, a mais de 10.000 km de distância, era possível ler um jornal à noite! Do outro lado do oceano, o observatório norte-americano Smithsonian registou uma diminuição na transparência atmosférica que durou meses.
Em 1921., o geólogo soviético Leonid Kulik deduziu que o evento foi devido a queda de um grande meteorito. Outra expedição ocorreu em 1927, motivado pela busca de um meteorito ferroso, de valor comercial. Mas nenhuma cratera foi encontrada.
Calculou-se que a magnitude da explosão ficou entre 10 e 15 milhões de toneladas dinamite. Mas o objecto que a causou não tocou o solo, explodindo a cerca de 8 km de altura. 

Afastada a suposição de um meteorito, mas levando em conta os relatos da bola de fogo, surgiu uma outra hipótese: em 1908, um pedaço de cometa se chocou com a Terra.
Cometa ou asteróide?

Um cometa é formado principalmente de gelo. Gelo de água e um pouco de metano. Se o corpo responsável pelo desastre fosse, de facto, um cometa haveria no solo vestígios de micro-diamantes e pequenas esferas de vidro (sílica), com alta concentração de irídio e níquel, o que comprovaria a origem extraterrestre. Expedições enviadas a Tunguska a partir de 1950 encontraram precisamente esses indícios.
Em 2007, Mark Boslough e o seu grupo do Sandia National Laboratories utilizou pela primeira vez supercomputadores para simular em três dimensões o evento Tunguska. O resultado foi assustador.
Antes, supunha-se que um pedaço de cometa do tamanho de um campo de futebol, pesando um milhão de toneladas e movendo-se a 108.000 km/h teria causado da explosão. Porém, as simulações sugerem que um pequeno asteróide teria o mesmo efeito.
Outro investigador, Michael Kelley da universidade de Cornell, chegou à mesma conclusão: ele analisou as famosas e misteriosas nuvens noctilucentes e os rastros de vapor de água gerados na atmosfera pelas plumas de escape geradas pelos foguetes dos vaivéns espaciais e ligou esse fenómeno com o evento Tunguska.

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